Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), as últimas estimativas indicam que 854 milhões de pessoas passavam fome em 2001 e 2003. É o equivalente ao dobro da população da Europa ou 85 vezes o número de pessoas em Portugal.
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Em 1996, a Cimeira Mundial da Alimentação em Roma tinha fixado para 2015 o ambicioso objectivo de reduzir a metade a fome no mundo em relação ao período 1990-92, ou seja, chegar a 412 milhões de pessoas subalimentadas.
Uma década depois a FAO não registou progressos para atingir esse objectivo, pelo contrário o número de pessoas que sofrem deste problema aumentou.
«Dez anos depois, lamentamos anunciar que a situação é intolerável e inaceitável», alerta esta segunda-feira Jacques Diouf, director-geral da FAO.
Por sua vez, a secretária do Comité de Segurança Alimentar da FAO, Margarita Flores, alerta que é preciso «criar um sector agrícola saudável» de modo a minorar este problema e dar mais riqueza à população rural que é aquela que mais sofre com a fome.
É em África que esta tendência é mais preocupante, só na República Democrática do Congo 72 por cento da população está subalimentada.
Em oposição a América do Sul, está a conseguir vencer este flagelo e Margarita Flores dá mesmo os parabéns ao Brasil.