Os ventos de Sudoeste estão a empurrar para França as manchas de fuelóleo libertadas pelo «Prestige». O perigo da poluição chegar a Portugal está completamente afastado. Em Espanha, 3700 pessoas combatem os efeitos da maré negra.
Corpo do artigo
A principal mancha de fuelóleo libertada pelo petroleiro «Prestige» continua a dirigir-se para Nordeste, afastando de vez o perigo de chegarem às aguas portuguesas, anunciou, esta quarta-feira, o comandante Augusto Ezequiel, director técnico do Instituto Hidrográfico.
Os ventos de Sudoeste têm empurrado as manchas cerca de 28 a 30 quilómetros por dia em direcção à França, pelo que dentro de alguns dias as operações de limpeza vão passar a ser feitas em conjunto pelas autoridades espanholas e francesas.
Quanto ao navio afundado na Galiza, o vice-presidente espanhol, Mariano Rajoy, anunciou que estão a prosseguir os trabalhos, iniciados sexta-feira passada, para vedar as fissuras que continuam a libertar fuelóleo.
Mariano Rajoy disse ainda que foram detectadas quatro novas fissuras no «Prestige», o que eleva para 18 o número total de fugas existentes no casco do petroleiro. Destas 18, cinco já foram vedadas.
O vice-presidente espanhol fez um ponto da situação anunciando que há 3700 pessoas envolvidas nos trabalhos de limpeza - das quais 2700 são militares - e disse que foram recolhidas, até ao momento, 800 toneladas na Corunha, 30 em Pontevedra, 40 em Lugo, 14 na Cantábria e 9 nas Astúrias.