A procuradora-geral adjunta Maria José Morgado foi esta quinta-feira nomeada para dirigir e coordenar todos os processos relativos ao caso "Apito Dourado", revelou a Procuradoria-Geral da República (PGR).
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De acordo com uma nota da PGR lida em conferência de imprensa, esta nomeação tem como objectivo «uma coordenação eficaz no sentido de imprimir a dinâmica e rigor necessários à descoberta da verdade material».
De acordo com a PGR, Maria José Morgado foi escolhida para dirigir a equipa do Ministério Público para todos os inquéritos «já instaurados ou a instaurar conexos com o processo Apito Dourado», sobre corrupção no futebol.
Segundo a PGR, a ideia de concentrar a investigação numa única equipa já estava a ser ponderada há algum tempo.
Sublinha ainda que o processo conhecido por Apito Dourado «engloba situações, factos e eventuais ilícitos muito diversificados e de grande complexidade processual, que terão ocorrido em várias comarcas» e que «essa dispersão territorial torna difícil a análise, enquadramento e obtenção de resultados no que toca à investigação», motivos que justificaram a concentração dos inquéritos numa única equipa.
A PGR explicou que o procurador Carlos Teixeira, do Tribunal de Gondomar, continuará a exercer as funções actuais no processo principal "Apito Dourado", uma vez que este já está em fase de instrução naquele tribunal.
A Procuradoria lembra ainda que não foi o livro de Carolina Salgado (ex-companheira do presidente do Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa) lançado na passada semana que condicionou esta decisão, mas admite que a apressou
A procuradora Maria José Morgado assumiu entre 2000 e Agosto de 2002 a chefia da Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF) da polícia Judiciária.
Actualmente, Maria José Morgado é procuradora-geral adjunta no tribunal da relação de Lisboa.