O líder do PSD recordou as palavras de Cavaco Silva, que defendeu um «consenso alargado» à volta da reforma da Segurança Social. Marques Mendes aproveitou ainda para negar que a proposta do PSD defende uma privatização do sistema.
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O presidente do PSD recordou, esta segunda-feira, as palavras do Presidente da República a propósito da necessidade de um «entendimento alargado» para a reforma da Segurança Social.
«É uma voz muito autorizada que defende o mesmo que nós», afirmou Marques Mendes, que alertou o Governo para que não «teime no braço de ferro» para que não se verifique uma redução nas pensões dos reformados.
O líder social-democrata entende também que depende apenas da «vontade política» a possibilidade de um acordo nesta matéria e aconselhou o Governo a reflectir sobre o assunto.
Para o presidente dos sociais-democratas, é mesmo «do mais elementar bom senso, numa reforma que vai durar 20 ou 30 anos, um consenso alargado» na matéria.
Após uma reunião com o secretário-geral da CGTP, Marques Mendes negou também a ideia de que o projecto do PSD para a Segurança Social defenda uma privatização do sistema, mas sim um «modelo misto».
«É um sistema que dá garantia de uma Segurança Social sólida. Não é um modelo radical, não é uma privatização, mas um sistema misto que garante as pensões de hoje e do futuro», sublinhou.
Marques Mendes insistiu ainda na ideia do PSD para a Segurança Social recordando que quase todos os parceiros sociais estão de acordo com a proposta social-democrata, ao contrário do modelo do Governo que disse praticamente não ter nenhum apoio.
No final desta reunião, o secretário-geral da CGTP entendeu que nem a proposta do PSD, nem a do Governo asseguram o «interesse dos trabalhadores e o futuro da Segurança Social».
Carvalho da Silva disse preferir uma proposta «mais justa» como a defendida pela sua central sindical, que é assente «num esforço de todos» e que «responsabiliza os detentores de capital».