Matos Correia disse, esta sexta-feira, não acreditar que Luís Filipe Menezes se recandidate a líder do PSD, depois de ter dito que não o iria fazer. Já Patinha Antão considerou que a atitude de Menezes é um desafio aos opositores internos.
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Matos Correia, um dos homens próximos de Durão Barroso, disse esta sexta-feira no Parlamento depreender do discurso de Luís Filipe Menezes que o social-democrata não pretende recandidatar-se à liderança do PSD.
Em declarações aos jornalistas, Matos Correia contou que ouviu Menezes dizer, quinta-feira, de «forma absolutamente clara e incondicional que não estava» na corrida para a liderança do PSD ao convocar eleições directas para 24 de Maio.
«Não concedo sequer a hipótese de o presidente do PSD dizer que não é candidato à liderança e depois mudar de opinião», sublinhou.
Por outro lado, Patinha Antão, apoiante de Luís Filipe Menezes, disse que a decisão de Menezes consiste apenas numa medida de clarificação, para desafiar os opositores internos a avançarem com uma candidatura.
«Estou convencido que ele continuará a liderar o PSD», disse Patinha Antão, adiantando que esta clarificação é «democrática» e necessária.
«Não é possível desenvolver um projecto alternativo de combate ao Governo de José Sócrates com tanta contestação interna», daí a necessidade deste «momento de clarificação com regras democráticas», que são as «eleições directas», explicou.