O médico que comandava o combate ao ebola morreu após ter contraído o vírus. Esta perda levou as autoridades a pedirem a ajuda de pessoal médico voluntário para controlar a doença.
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Morreu o médico que comandou o combate ao virus ebola no Uganda. Matthew Lukwiya, faleceu na terça-feira depois de ter contraído o vírus. Com esta notícia, as autoridades viram-se forçadas a pedirem a ajuda de pessoal médico voluntário para controlar a doença.
«As pessoas estão arrasadas», declarou Onek Paul, secretário da saúde no distrito de Gulu, o centro da epidemia do ebola. «Ele era o motor da nossa causa».
Lukwiyla e a sua equipa passaram os últimos dois meses a trabalhar no combate ao vírus. Foi o primeiro médico a dar-se conta que a febre hemorrágica viral poderia ser a responsável por uma série de mortes estranhas ocorridas na região.
Desde o inicio da epidemia em setembro, o ebola já matou 156 pessoas, dos quais 14 são médicos e enfermeiro em hospitais de Gulu e Lacor.
«É possível que ele tenha contraído o vírus ao cuidar de um dos funcionários do hospital», disse Ray Arthur, membro da Organização Mundial de Saúde que trabalha no controle da epidemia em Gulu. «Acho que termos de considerar que o limite técnico (de contacto entre paciente e médico) pode ter sido rompido. O ebola não perdoa: um pequeno erro pode provocar a contaminação», acrescentou Arthur.
Em entrevista à imprensa, o vice-director dos Serviços de Saúde do Uganda, Alex Opio, diz que o pessoal médico está esgotado e pede para trabalhar menos nos hospitais. «A gravidade da situação exige mais pessoal», acrescentou.
Apesar do número de vitimas deste vírus ter aumentado, Opio diz que a situação está controlada.