Uma equipa de 25 médicos australianos conseguiu separar duas gémeas siamesas, ligadas pela cabeça. A difícil operação durou 12 horas e as gémeas estão em estado crítico, embora estável.
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As gémeas siamesas Tay-lah e Monique Armstrong, separadas nesta terça-feira, estão em estado crítico, mas estáveis, anunciaram hoje os médicos australianos responsáveis pela operação.
Uma equipa de 25 médicos e anestesistas realizou a operação de separação na passada terça-feira. Durante 12 horas os médicos tentaram separar as duas gémeas de seis meses, que se encontravam ligadas pela nuca.
Tay-lah é das duas raparigas a mais débil e para além de ter sofrido já danos cerebrais e insuficiência renal teve de ser submetida a uma operação à aorta, para corrigir a posição da artéria.
«Elas são duas lutadoras, especialmente a Tay-lah que esteve sempre em perigo desde o dia em que nasceu. Francamente, estou surpreso que se mantenha viva. Neste momento, as duas estão tão bem como seria de esperar», afirmou à Reuters o cirurgião principal, Scott Campbell.
Os médicos preparam-se para a difícil operação, usando modelos a três dimensões, de plástico, dos crâneos das bebés, o que lhes permitiu ensaiar a forma como teriam de virar as duas crianças durante a operação. (foto)
O modelo também permitiu aos médicos poder encontrar o melhor local para cortar a pele e o escalpe das bebés, mantendo-as ligadas até ao último minuto.
Os médicos tinham preparado os pais das gémeas de que a operação tinha apenas 50 por cento de chances de ter sucesso.
Em todo o mundo, apenas por 30 vezes se tentou uma separação de gémeas siamesas ligadas pela cabeça. De 1928 a 1987 apenas 26 das 60 gémeas sobreviveram à operação.