Mais de 300 médicos do Hospital de São João, no Porto, iniciaram, esta sexta-feira, uma greve de oito dias, onde exigem o pagamento das horas extraordinárias feitas nas urgências durante o ano passado.
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A paralisação, que vai afectar as consultas externas e as cirurgias programadas, foi convocada pela Federação Nacional dos Médicos e o Sindicato Independente (SIM), apesar de já haver algumas garantias de que os pagamentos serão feitos.
Carlos Santos, do SIM, revelou à TSF que foi-lhes enviado um texto onde a Administração Nacional de Saúde confirmava o pagamento a vários médicos, mas não todos.
«O texto dizia que iria ser feito o pagamento a vários médicos», mas «depois entrei em contacto com a Administração Nacional de Saúde e fui informado que tinham decidido pagar a metade dos médicos», afirmou.
A Administração Nacional de Saúde (ANS) alega que a culpa dos atrasos nos pagamentos é do Hospital de São João, que não entregou a tempo a lista dos médicos que deviam ser pagos.
Carlos Santos, do SIM, não aceita este argumento e acusa a ANS de «andar a brincar» com os médicos.