Os Médicos que recusem fazer horas extraordinárias no hospital em que trabalham estão impedidos de fazer horas extra nas outras unidades em que prestam serviço. O acordo foi rubricado esta sexta-feira entre os Sindicatos dos Médicos e o Ministério da Saúde.
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O entendimento foi anunciado pela própria tutela, no fim das negociações sobre o trabalho prestado pelos médicos nas urgências do Serviço Nacional de Saúde.
Uma das questões polémicas prendia-se com o pagamento das horas extraordinárias. Em Junho o ministério tinha terminado com o pagamento das horas extra em urgência pela tabela do regime de dedicação exclusiva para todos os clínicos (que vigorava desde 2001)
Agora ficou acordado com os sindicatos que os médicos que trabalham 35 horas semanais recebem de acordo com este horário até à 42ª hora de trabalho extra, aumentando este valor após esse período.
Mário Jorge, da Federação Nacional dos Médicos, considera nesta matéria Sindicatos e tutela conseguiram evoluir.
«Em qualquer processo negocial não é possível contemplar tudo o que é necessário. Mas da primeira para a quarta proposta do ministério, consideramos que houve progressos substanciais e que as principais questões da carreira médica ficaram salvaguardadas», salienta o sindicalista.
Apesar da evolução, Mário Jorge adianta que há ainda aspectos que não reuniram consenso.