Uma equipa médica afirma que utilizar meias elásticas em voos de longa duração diminuiu o risco de formação de coágulos nas pernas. O chamado «síndroma da classe económica» não é tão mau como dizem, defendem os médicos.
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Uma equipa chefiada pelo médico britânico, John Scurr realizou testes a 200 passageiros, que efectuaram voos de longa duração, superiores a oito horas.
Os passageiros foram analisados antes e depois dos voos. Cerca de 10 por cento tinham desenvolvido pequenos coágulos, sem gravidade. Entre as pessoas que usaram meias elásticas nenhuma desenvolveu coágulos.
«As meias pressionam as veias, evitando a formação de coalhos», disse John Scurr, cirurgião vascular no hospital londrino de Middlesex. Por outro lado, médicos de um hospital próximo do aeroporto de Heathrow, atribuíram ao síndroma a responsabilidade por 30 mortes nos últimos três anos.
Segundo Scurr, não são só os aviões os responsáveis pela formação de coágulos nas pernas. «Também são afectadas as pessoas que viajam de comboio, de barco ou mesmo as que permanecem sentadas à secretária durante muito tempo».
O médico acrescentou que o nome dado ao síndroma da classe económica é errado: «Ele pode afectar qualquer pessoa que viaje na primeira classe ou na executiva».