O líder do PSD, Luís Filipe Menezes, confirmou este sábado que o secretário-geral do partido será o autarca de Ílhavo Ribau Esteves e que o deputado Mota Amaral encabeçará a sua lista ao Conselho Nacional. Quanto a Santana Lopes e à questão da liderança da bancada parlamentar o presidente social-democrata foi evasivo.
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Mota Amaral será o número um e como número dois na lista para o Conselho Nacional, adiantou Luís Filipe Menezes em conferência de imprensa, surgirá o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Albuquerque.
O novo líder social-democrata escusou-se, contudo, a revelar qualquer nome da sua comissão política, cuja lista terá de ser entregue na mesa do congresso até à meia-noite, repetindo apenas que haverá «dirigentes mais experientes e dirigentes menos experientes».
No que respeita a Pedro Santana Lopes, Luís Filipe Menezes, afirmou que apesar deste ser deputado essa «não é exclusivamente a área de intervenção».
Questionado durante uma conferência de imprensa sobre se Pedro Santana Lopes se irá candidatar à liderança do grupo parlamentar, Luís Filipe Menezes voltou a recusar responder à pergunta, insistindo na «autonomia» da bancada.
«Qualquer líder do grupo parlamentar sufragado democraticamente será aceite tranquilamente», assegurou.
Instado a revelar se o acordo de colaboração institucional com Santana Lopes que tinha sido anunciado na quarta-feira à noite incluía ou não a questão da liderança parlamentar, Luís Filipe Menezes surpreendeu ao dizer não conhecer qualquer acordo.
«Ficaria muito feliz que me dessem esse acordo para ler. Esse acordo não conheço», disse.
A este propósito, Luís Filipe Menezes lembrou que, ao longo da semana, reuniu-se com muitos militantes e com todos balizou campos de intervenção onde podem ser úteis.
Na conversa com Santana Lopes, acrescentou, foram também estabelecidas «balizas largas» e abordadas «várias soluções».
«Pedro Santana Lopes é deputado, mas essa não é exclusivamente a sua área de intervenção», adiantou.
Na quarta-feira à noite, fontes próximas do líder social-democrata anunciaram que Menezes e Santana Lopes tinham chegado a um «acordo de colaboração institucional», em resultado da «coincidência de pontos de vista quanto à estratégia» a seguir pelo partido.
Até agora, Santana Lopes nunca negou que tal acordo tenha sido feito, apesar de remeter o anúncio do seu conteúdo para depois do congresso.