O líder do PSD, Luís Filipe Menezes, prevê que 2008 «será um ano difícil para a democracia portuguesa» e promete fazer uma «oposição responsável» e sem radicalismo.
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Luís Filipe Menezes não pretende fazer uma oposição radical ao Governo, para 2008, mas não vê com bons olhos o futuro. O líder do PSD diz mesmo que Portugal vai passar momentos difíceis.
«Vai ser um ano [2008] difícil para a democracia portuguesa» prevendo que o país vai ressentir-se «do final da presidência portuguesa da União Europeia».
«É uma situação que obriga a uma cooperação leal de todos os órgãos de soberania», afirmou o líder social-democrata após uma audiência de quase uma hora com Cavaco Silva, no Palácio de Belém, em Lisboa.
«Fazer oposição é sempre um acto de coragem e de responsabilidade», acrescentou Menezes, garantindo que o partido que lidera «não terá atitudes radicais».
O líder dos sociais-democratas elogiou ainda Cavaco Silva como Presidente, dizendo que «está a cumprir rigorosamente o seu programa eleitoral».
A forma como Cavaco está a exercer o cargo permite «uma nova leitura do sistema semipresidencial», provando que «a instabilidade do passado» não tinha relação directa com o sistema em si, mas sim com a forma como era exercido.
«Estamos totalmente satisfeitos e elogiamos o comportamento do senhor Presidente da República», afirmou Luís Filipe Menezes.