O presidente do PSD que as empresas que se instalem em concelhos deprimidos beneficiem durante alguns do que chamou de «incentivos radicais». Em Celorico de Basto, Luís Filipe Menezes frisou ainda que não haverá recuos na sua linha política.
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O presidente do PSD defendeu, este domingo, «incentivos radicais» durante alguns anos para empresas que decidam instalar-se em concelhos deprimidos, tendo Luís Filipe Menezes falado mesmo em a aplicação de impostos com taxas próximas do zero.
O líder social-democrata explicou que esta medida se devia aplicar às empresas responsáveis por projectos que contribuam para o desenvolvimento do interior do país e defendeu que o abaixamento de alguns pontos no IRC não é suficiente.
Em Celorico de Basto, durante um discurso na conferência "Novos Caminhos para o Interior", Menezes defendeu também mais incentivos especiais dirigidos a quadros profissionais que pretendam trabalhar, investir e viver no interior.
A nível nacional, o líder do PSD considerou que o facto de as autárquicas e as legislativas serem em 2009 poderá constituir uma vantagem para os sociais-democratas.
Luís Filipe Menezes aproveitou ainda a ocasião para prometer que serão as estruturas locais do partido, e não a Comissão Política Nacional, que serão responsáveis pela escolha dos candidatos a deputados e presidentes de câmara.
Menezes frisou também que não haverá recuos na linha política do PSD e sublinhou que o «PSD tem a oportunidade de restituir o poder de decisão na democracia representativa àqueles que têm a obrigação de decidir, que é o povo».
«O futuro de Portugal depende da nossa capacidade de combate. Se o PSD acreditar em si próprio e tiver a coragem para enfrentar este poder absoluto socialista, sem medo e com determinação, em 2009 tudo será diferente em Celorico de Basto e no resto do país», acrescentou.
O presidente do PSD criticou ainda a comunicação social, ao considerar estranho que as críticas que fez ao Governo e ao PS, no recente congresso do PSD/Madeira, não tenham passado na televisão.
Menezes aproveittou ainda para atacar o primeiro-ministro José Sócrates, acusando-o de ter «faltado à verdade» no final da campanha eleitoral para as legislativas de 2005.
«Se dissesse que iria aumentar nove impostos, tocar nos direitos sociais de desempregados e reformados, aumentar taxas moderadoras, fechar maternidades e urgências, aplicar taxas nas SCUT e maltratar professores e médicos, não tinha ganho as eleições, nem teria maioria absoluta», concluiu.