Luís Filipe Menezes garante que o PSD vai esclarecer na assembleia da república negócios da Aguas de Portugal que o líder social-democrata classifica como tenebrosos. Ontem, o Jornal de Negócios anunciou que a empresa perdeu, no Brasil, cerca de 100 milhões de euros. Menezes afirma que José Sócrates e Mário Lino tiveram responsabilidades nesta perda.
Corpo do artigo
Luís Filipe Menezes diz que prejuízos desta ordem não podem ficar por esclarecer e aponta o dedo ao primeiro-ministro e ao ministro das Obras Públicas.
«Esta situação é, do ponto de vista financeiro, muito grave e tem responsáveis políticos: o presidente da Águas de Portugal [AdP] à época chamava-se Mário Lino e que o ministro que deu o 'agrément" chamava-se José Sócrates», afirmou Menezes em Ermesinde, Valongo, à margem de uma visita a um centro comunitário.
Menezes frisou que «o PSD vai esclarecer este assunto no Parlamento», porque «os portugueses precisam de saber quem é responsável por estes falhanços de negócios».
O líder do PSD salientou ainda que a AdP também se «aventurou em África com resultados tenebrosos».
A AdP revelou terça-feira, em comunicado, que concluiu a venda da Prolagos, sua concessionária no Brasil, por 151,68 milhões de reais (57,9 milhões de euros).
A concessionária, com actuação na região dos Lagos, litoral Norte do Estado do Rio de Janeiro, foi vendida à empresa brasileira Águas Guariroba Ambiental.