A universidade de Aveiro está a elaborar um «microchip» que poderá ser colocado no organismo de doentes cardíacos através de uma pequena cirurgia. O objectivo, diz Rui Manuel Martins, responsável pelo projecto, é que o «chip» detecte sinais anómalos e dispare um alarme que comunique com o médico.
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Actualmente, existem sistemas que emitem sinais de electrocardiograma à distância, mas até agora nenhum tão pequeno que possa ser colocado, através de uma cirurgia, no organismo do doente de coração. É isso que a Universidade de Aveiro está a tentar construir. Rui Manuel Martins, responsável pelo projecto, diz que a objectivo é fazer com que este este «microchip» tenha uma duração tão elevada que não precise de ser substituído.
O responsável meteu mãos à obra em Janeiro e agora já tem uma ideia mais definida. «A ideia é pegar nesse sinal e, em tempo real, estar a percorrer um programa que, ao detectar sinais anómalos, faça disparar automaticamente um alarme que por sua vez comunique com o 112 ou com o médico», explicou.
A dificuldade está em inventar um sistema que não precise de ser substituído, mas o investigador da universidade de Aveiro diz que já tem a solução. «Uma pequena bateria ou pilha ligada que tenha uma duração extremamente elevada, que de facto ainda não existe hoje em dia».
Mesmo que tudo corra bem, o dispositivo não vai ser 100 por cento português, primeiro porque o nosso país não tem nenhuma fábrica de «microchips» e depois porque os recém-licenciados não querem ficar na investigação.
No entanto, isto também não parece ser motivo de preocupação para Rui Manuel: «A solução passa pelo que já estamos a fazer, que consiste em contactar estudantes de Leste e da Índia, algo que os Estados Unidos já fazem há bastante tempo», salientou.
Para já, a Universidade de Aveiro ainda está em fase de estudos e ainda não há protótipo. O investigador não está preocupado com a comercialização do «chip», pois o primeiro objectivo é registar a patente.