O maestro Miguel Graça Moura vai apresentar a demissão do cargo de maestro da Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML), que irá dirigir pela última vez na segunda-feira. As razões que estão na base da sua demissão são, segundo o próprio, a falta de pagamento de ordenados dos trabalhadores.
Corpo do artigo
«Os seis patrocinadores mais importantes desta obra, desrespeitando de forma vergonhosa a vontade da assembleia geral , que é o órgão máximo desta associação, decidiram asfixiar a orquestra e por isso 160 músicos, trabalhadores, professores e colaboradores foram para casa no mês de Setembro sem salários», disse Miguel Graça Moura à TSF.
«Evidentemente que esta é uma situação que eu não posso tolerar e como, se eu fizer o sacrifício do meu lugar eles recuperarão os seus salários, é isso que vai ser feito», disse o maestro.
Garantiu à TSF que na próxima segunda-feira vai dirigir a OML pela última vez, embora não tenha precisado quando vai avançar com a sua demissão.
Na segunda-feira a Orquestra Metropolitana participará no encerramento do VI Festival Internacional de Órgão de Lisboa, a realizar na Sé Patriarcal da capital, a partir das 21:30.
A gestão de Miguel Graça Moura à frente da OML estava a ser alvo de forte contestação, depois da denúncia de gastos elevados e remunerações acima da média da direcção.