Novecentas obras de arte roubadas a coleccionadores na Argentina, entre as quais se encontram quadros de Pablo Picasso e Pierre Auguste Renoir, são actualmente procuradas pela Interpol, segundo noticia o jornal Clarín.
Corpo do artigo
As 901 obras roubadas figuram num registo criado na Internet pela organização intergovernamental, ao qual têm acesso os 180 escritórios da Interpol espalhados pelo mundo.
Na lista, inaugurada em 2002 com 61 obras, encontram-se também quadros de Henri Matisse, Paul Degas, El Greco, Henri Toulouse-Lautrec e Edgar Cézanne, entre outros.
O valor total a que ascende o número de pinturas argentinas roubadas «é de vários milhões de dólares», mas não existem cálculos precisos, refere o diário argentino.
Actualmente, no mundo, o roubo de obras de artes mobiliza mais de mil milhões de dólares por ano, de acordo com as estatísticas policiais.
Este ano foram abertos no país 89 processos criminais e recuperadas 24 pinturas, e também foram recuperadas 109 peças arqueológicas, outros dos objectos roubados na Argentina mais procurados no exterior.
Entre as obras de artes desaparecidas encontram-se 16 quadros roubados do Museu Nacional de Belas Artes no Natal de 1980, considerado o maior delito associado à arte em Portugal.
Além da Interpol também intervêm na busca as autoridades argentinas que controlam as fronteiras, a Secretaria de Cultura e o Conselho Internacional de Museus.