Uma semana depois dos atentados em Londres, milhares de pessoas reúnem-se em Trafalgar Square, prestando homenagem às vítimas. No local, ficam flores, cartas, mensagens escritas e dedicatórias num enorme livro de condolências, testemunhou o correspondente da TSF, João Cepeda.
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Há um silêncio sepulcral nesta praça onde milhares de pessoas prestam homenagem as vítimas do atentado. «Estou aqui porque sinto que preciso mostrar o meu apoio e partilhar a minha tristeza com os londrinos», disse ao repórter da TSF um norte-americano que vive em Londres há vários anos.
As investigações da Scotland Yard estão longe do fim, mas tem tranquilizado a população o facto de estarem identificados os quatro alegados responsáveis pelas bombas, de já haver um indivíduo detido e de se terem reunido indícios sobre o alegado responsável pelo planeamento do ataque.
Nas ruas, o único sinal das explosões de 07 de Julho continua a ser dado pelos vários falsos alarmes que são dados um pouco por toda a cidade, assim que se encontra uma mala ou um embrulho abandonado.
Por causa do estado de alerta máximo em que a cidade se encontra, a polícia é obrigada a encarar qualquer situação deste género com máxima prudência, o que normalmente implica evacuar centenas de pessoas e vedar o trânsito em extensas áreas do centro.
Essas são também as únicas situações em que os londrinos deixam transparecer algum medo, que ficou instalado na cidade depois das explosões que mataram pelo menos 53 pessoas, o que também se justifica pelas insistentes declarações dos responsáveis máximos da polícia que consideram um novo atentado como «possível».
Os transportes públicos já funcionam quase em pleno, com excepção das zonas do metropolitano onde ocorreram as explosões, o que não motiva grande transtorno ao movimento da cidade.