O Ministério da Educação lamentou, esta quinta-feira, a coincidência entre os protestos dos estudantes e o reinício das negociações com os professores. O secretário de Estado Adjunto e da Educação diz que houve uma tentativa de perturbar o ritmo das escolas.
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O Ministério da Educação lamenta a coincidência entre o protesto dos estudantes, que hoje saíram à rua para protestar contra as aulas de substituição, e o arranque da negociação suplementar relativa ao Estatuto da Carreira Docente
Em declarações à TSF, o secretário de Estado Adjunto e da Educação considerou que não há qualquer crise no sector, mas lamentou a tentativa de perturbar o ritmo das escolas.
«Registo e lamento a coincidência de haver, no momento em que íamos recomeçar as negociações da carreira docente, uma tentativa de perturbar a vida normal das escolas», disse.
Jorge Pedreira considerou ainda que os problemas não se resolvem nas ruas e deixou um desafio aos estudantes.
«Se em algumas escolas ainda existir razões de queixa da organização das aulas e das actividades de substituição, então aquilo que os estudantes devem fazer é exporem os seus motivos aos órgãos próprios das escolas para que as respectivas aulas sejam devidamente organizadas», sublinhou.
O responsável esteve, esta manhã, reunido com cinco sindicatos de professores, mostrando-se satisfeito com a forma como decorreu a reunião.
«Eu penso que a reunião correu bem, apesar de continuarmos distantes relativamente a algumas questões fundamentais. No entanto, pela primeira vez, os sindicatos valorizaram positivamente o esforço que o ME fez para atender algumas das suas reinvidicações», defendeu.
Opinião diferente teve Carlos Chagas, porta-voz da Federação Nacional de Ensino e Investigação, confirmando que houve alguns «entendimentos mas sobre matérias acessórias».
No entender de Carlos Chagas, as divergências permaneceram nos aspectos fundamentais.