O Ministério da Agricultura vai recorrer da sentença que obriga à reintegração de 63 funcionários que tinham sido colocados em situação de mobilidade especial. O Sindicato da Função Pública do Norte acredita em «mais vitórias à frente» se isso for necessário.
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O Ministério da Agricultura vai usar todos os mecanismos legais para recorrer da sentença do tribunal que suspende os despachos que obrigaram mais de 60 funcionários do Ministério da Agricultura a irem para a situação de mobilidade especial.
Numa reacção à sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto, fonte deste ministério, contactada pela agência Lusa, adiantou que vai fazer aquilo que «já fez em processos anteriores.
Reagindo ao anúncio de recurso do Ministério da Agricultura, uma dirigente do Sindicato dos Funcionários Públicos do Norte, que interpôs uma providência cautelar que levou a esta decisão, mostrou-se confiante em mais triunfos por parte dos trabalhadores.
«Esperamos ganhar mais à frente se for preciso. O que já está ganho é que os trabalhadores se apresentaram ao serviço. Os sindicatos da Função Pública, a federação e o nosso sindicato desde que ache que os trabalhadores têm razão nunca deixamos nenhum processo a meio», explicou Natália Carvalho.
O secretário-geral do PCP admitiu que este processo não está encerrado, mas que a decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto é um «acontecimento importante que só valoriza o protesto e a luta destes trabalhadores».
«Com certeza que mais situações de êxito acontecerão se os trabalhadores resistirem e impedirem que o Governo consiga esvaziar o Estado dos seus trabalhadores e procurar que os vínculos laborais passem a vigorar na Administração Pública», adiantou Jerónimo de Sousa.