Bruxelas revê em baixa o crescimento da economia portuguesa, mas a convergir com a zona euro. O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, afirma que é por culpa do abrandamento dos principais parceiros comerciais de Portugal.
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Teixeira dos Santos explicou que a revisão em baixa do crescimento português tem a ver com o abrandamento económico dos nossos principais parceiros comerciais, além da subida dos preços do petróleo, dos alimentos, assim como por culpa da turbulência dos mercados financeiros.
«A Comissão Europeia considera que o menor crescimento dos principais parceiros comerciais, a subida dos preços do petróleo e dos produtos alimentares e a turbulência nos mercados financeiros fundamentam a avaliação de que o ritmo de crescimento da economia portuguesa ficará abaixo da anterior previsão, contudo numa menor medida do que a revisão em baixa para a UE27 e a área do euro», salientou o ministro das Finanças.
No entanto, Teixeira dos Santos diz que os fundamentos económicos da União continuam sólidos e que a Comissão Europeia considerou também que «o agravamento da conjuntura económica dos EUA conduzirá a um abrandamento do crescimento económico na UE27, na área do euro e na generalidade «dos seus Estados-Membros».
O crescimento económico português vai convergir já este ano com o da Zona Euro, apesar de um abrandamento na evolução do PIB (Produto Interno Bruto), prevê a Comissão Europeia no relatório de Primavera, hoje divulgado.
A Comissão Europeia reviu em baixa o crescimento económico português em 2008, prevendo uma desaceleração do nível de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,9 por cento (2007) para 1,7 (2008) e 1,6 (2009).
No entanto, Portugal entrará em convergência com a Zona Euro (crescimento de 1,7 por cento), pela primeira vez em sete anos, mas o ritmo de crescimento económico continuará abaixo da UE (2,0 por cento).
Na análise económica feita para a TSF, António Costa, director-adjunto da Agência Lusa, diz que a revisão em baixa já era esperada perante a conjuntura internacional e diz que o aspecto mais positivo é a convergência de Portugal com a zona euro.