O ministro das Finanças diz que o Governo GPS (Governação, Progresso e Solidariedade) está consciente dos efeitos da crise nos mercados financeiros, mas não perdeu a confiança. Teixeira dos Santos recusa previsões, mas garante que tem agido para minimizar os impactos na economia portuguesa.
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O ministro das Finanças insiste que há razões para confiar numa evolução positiva da economia portuguesa, apesar dos avisos do Banco de Portugal sobre o impacto da crise financeira internacional.
Teixeira dos Santos mantém-se confiante, adianta que o Governo está atento e a criar condições para enfrentar esta fase difícil.
O responsável pela pasta das Finanças volta a dizer que Portugal conseguiu equilibrar as contas públicas, apesar da conjuntura desfavorável. Um esforço que deve continuar e por isso Teixeira dos Santos recusa fazer previsões sobre as consequências da crise em Portugal.
«Recuso-me a colocar-me na posição de alguém que gostaria de fazer vaticínios e dar palpites sobre o que poderá acontecer à economia portuguesa e esperar que o tempo me dê razão. A minha responsabilidade é mais do que esperar para ver o que acontece, agir e ter uma atitude pró-activa que possa contribuir para que Portugal resista melhor de modo a que se minimize o mais possível o impacto que esta situação poderá ter sobre a nossa economia», afirma.
O ministro das Finanças avisa que Portugal não pode acreditar numa qualquer varinha mágica que ajude o país a enfrentar a crise. Teixeira dos Santos pede confiança, iniciativa e capacidade de viver com o risco.
«Precisamos de ter uma sociedade que conviva mais com o risco, que saiba enfrentar o risco e precisamos de ter a iniciativa de todos, quer dos privados quer do Governo», adianta Teixeira dos Santos, que classifica o Executivo como GPS (Governação, Progresso e Solidariedade).
Um discurso optimista num almoço perante o American Club, no fim do qual recusou comentar os mais recentes dados sobre a inflação.
A inflação na zona euro atingiu em Março o valor mais alto dos últimos 16 anos, cifrando-se nos 3,6 por cento. O euro e o petróleo atingiram novos recordes. As taxas Euribor também subiram.