O Procurador-Geral Pinto Monteiro admite que a onda de crimes no Porto é preocupante, por envolver criminosos «profissionais», mas prefere não comentar a situação. Já o ministro da Justiça promete mobilizar «todos os meios»necessários para pôr fim à violência.
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O Procurador-Geral da República considera que a situação de violência no Porto não é alarmante mas admite que é causa de preocupação e por isso as autoridades têm de actuar.
Esta manhã, em Óbidos, Pinto Monteiro defendeu que perante um crime altamente organizado e de grande violência ao qual os portugueses não estão habituados. «Estamos a lidar com profissionais», afirmou, remetendo mais explicações para um comunicado que vai emitir mais tarde.
O ministro da Justiça, Alberto Costa, também presente em Óbidos, prometeu disponibilizar todos os meios para que estes crimes possam ser resolvidos
«Tenho mantido contactos» com o Ministério Público e com a Polícia Judiciária e «estamos dispostos a facultar todos os meios necessários para enfrentar estes crimes, identificar e responsabilizar os seus autores», disse o ministro da Justiça, considerando que os homicídios ocorridos na noite portuense são um «fenómeno preocupante».
«O que é preciso é manifestarmos a nossa confiança em relação à nossa Polícia Judiciária que tem competência para investigar esses crimes», afirmou o ministro Alberto Costa, à margem de um encontro europeu da Rede Judiciária Europeia.
«É com naturalidade que vemos a Procuradoria-geral da República e o Ministério Público darem o seu contributo activo para que possamos resolver e esclarecer estes crimes», considerou Alberto Costa, minimizando os atrasos.
Nos últimos meses, seis pessoas ligadas aos negócios da noite foram assassinadas a tiro na zona do Porto. Até agora nenhum dos crimes foi resolvido.