O ministro da Administração Interna garantiu esta segunda-feira que não existiu nenhuma agressão nem carga policial sobre os trabalhadores da Valorsul em greve desde terça-feira. Rui Pereira considera que a GNR se limitou a actuar com eficiência.
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O ministro da Administração Interna afirmou que era necessário haver a garantia de que as instalações da Valorsul não seriam encerradas, mas garantiu que não se verificou qualquer «carga policial».
«Não houve absolutamente nenhuma agressão», afirmou Rui Pereira, à margem de uma reunião ministerial «Euromed sobre Migrações».
O responsável acrescentou que a GNR actuou no «âmbito das suas competências e no respeito escrupuloso pelos direitos, liberdades e garantias, incluindo o direito à greve», apenas se limitou a «assegurar a livre circulação».
«Não é legítimo no âmbito do exercício do direito à greve não permitir o acesso a instalações de uma empresa e o que a GNR tem feito, a pedido da administração da empresa, é garantir que os camiões podem entrar no aterro sempre que seja necessário», referiu o governante.
«Considero que são absolutamente injustas e infundamentadas quaisquer críticas à GNR. Todos os trabalhadores portugueses têm direito a fazer greve e a constituir piquetes para esclarecer os trabalhadores sobre quais são os fundamentos e objectivos do exercício do direito à greve», defendeu o ministro.
Rui Pereira reiterou, contudo, que «um piquete de greve não pode vedar o acesso a instalações de uma empresa, e quando isso acontecer, naturalmente as forças de segurança, com pleno respeito pelos direitos liberdades e garantias, actuarão como sempre e foi isso que fez com eficiência e sem merecer qualquer crítica».
Esta madrugada, a GNR afastou uma centena de grevistas que bloqueavam a entrada dos camiões que iriam descarregar lixo no aterro sanitário de Mato da Cruz, concelho de Vila Franca de Xira. A greve dos trabalhadores da Valorsul começou terça-feira passada.