O ministro do Trabalho e da Segurança Social admite que falar de Flexigurança com os parceiros sociais é um diálogo «complexo» e reconheceu que Portugal tem ainda um «longo caminho a percorrer».
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O ministro do Trabalho e da Segurança Social reconheceu, este sábado, que falar de Flexigurança com os parceiros sociais é um diálogo «complexo».
Num emcontro promovidos pelos socialistas europeus, com o objectivo de debater a Flexigurarança, Vieira da Silva lamentou que Portugal tenha ainda um longo caminho a percorrer.
A legislação laboral portuguesa é a mais rígida da OCDE, mas, ainda assim, os trabalhadores portugueses são dos que se sentem mais inseguros.
Trata-se de um paradoxo que o ministro Vieira da Silva explica com dois argumentos - por um lado, a estagnação económica vivida durante anos e, por outro lado, a flexebilidade à margem criada por algumas empresas, deixando jovens desempregados e em condições difíceis.
«As possibilidades de entrar ou retornar ao mercado de trabalho não são tão fáceis e são normalmente feitas em condições de pouca segurança», afirmou.
Para Vieira da Silva, o modelo da Flexigurança é um «processo» que «não pode ser construído sem a participação dos parceiros sociais».
Reforçar a capacidade de adaptação das empresas, apostar na formação ao longo da vida e proteger os trabalhadores nas transições são as três armas defendidas por quem acredita que a Flexigurança é possível.