O ministro da Agricultura encomendou, em Junho, um estudo sobre a mancha de sobreiros a sul do Tejo, que pretende ser «um contributo» para a discussão sobre a localização do futuro aeroporto de Lisboa. Jaime Silva está preocupado com a possibilidade das árvores serem prejudicadas com o aeroporto.
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O semanário Expresso noticia hoje que o ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Jaime Silva, «encomendou aos serviços do Ministério um estudo sobre o impacto que o novo aeroporto terá na Companhia das Lezírias».
O jornal adianta ainda que o primeiro-ministro «chamou a si a condução política» do dossiê relativo à construção do novo aeroporto de Lisboa, uma informação desmentida hoje de manhã pelo gabinete de José Sócrates.
«No âmbito das suas competências, a coordenação do processo da construção do novo aeroporto é feita pelo ministro das Obras Públicas, engenheiro Mário Lino, não existindo qualquer alteração deste procedimento e facto, como especula e insinua a falsa notícia do semanário Expresso», adiantou à Lusa o gabinete do primeiro-ministro.
«A notícia hoje publicada pelo Expresso sob o título 'Sócrates tira aeroporto das mãos de Mário Lino' é falsa, fantasiosa nos seus pressupostos e não tem qualquer fundamento», referiu o gabinete de Sócrates.
A notícia do Expresso refere também que o ministro da Agricultura «receia que a construção do novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete possa afectar a reserva de sobreiros da Companhia das Lezírias», propriedade do Estado e que tem funcionado como um «laboratório».
Em declarações à TSF, um assessor de Jaime Silva confirmou que o ministro pediu em Junho um estudo à Direcção-Geral dos Recursos Florestais por estar «preocupado» com a mancha florestal a sul do Tejo, onde existe a Companhia das Lezírias e outras propriedades, como a Herdade do Canha.
«Trata-se de um estudo que o ministro pretende que seja um contributo, mais um dado a levar em conta na discussão do aeroporto», adiantou a mesma fonte.