Os ministros das Pescas da União Europeia iniciaram, esta quarta-feira, a habitual ronda negocial para estabelecer as quotas para 2007. Em cima da mesa está uma proposta da Comissão Europeia que defende reduções nas capturas de várias espécies. Portugal está contra alguns aspectos da proposta.
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Os ministros das Pescas da União Europeia iniciaram esta quarta-feira, em Bruxelas, a habitual maratona negocial para estabelecer as quotas para o próximo ano.
Em cima da mesa está uma proposta da Comissão Europeia que defende reduções nas capturas de várias espécies.
O ministro da Agricultura, Jaime Silva, já fez saber que Portugal não aceita dois dos pontos dessa proposta.
O primeiro diz respeito à redução de quota para tamboril e carapau, na medida que que não há pareceres científicos que o justifiquem.
Jaime Silva admite que é difícil opor-se a uma redução da quota da pescada, já que a situação desta espécie é problemática na zona de faina portuguesa, além de que a quota, este ano, já foi ultrapassada.
«O Governo português pretende uma política sustentada da preservação da espécie; por isso, não podíamos chegar a Bruxelas e, demagogicamente, dizer que queremos um aumento de quota à semelhança do ano passado», afirmou.
Entretanto, a CE informou os Estados-membros sobre as conclusões das negociaçõesde pesca com a Noruega.
Em 2007, Portugal deverá ver reduzida a quota de bacalhau em cerca de dez por cento na zona norueguesa, com Jaime Silva a admitir que possa haver alguma repercussão nos preços.
Nestas negociações, Portugal recusa ainda a proibição de utilizar redes de emalhar que fazem parte das suas artes de pesca tradicionais.