A mobilidade foi o tema forte do debate promovido pela TSF sobre os concelhos de Oeiras e Cascais. O presidente da Câmara de Cascais criticou a forma como a linha do comboio é gerida, ao passo que o autarca de Oeiras defendeu a necessidade de uma Região Metropolitana para Lisboa.
Corpo do artigo
O problema da mobilidade foi um dos temas mais falados no debate que a TSF levou a efeito sobre como é viver nos concelhos de Oeiras e Cascais.
Para o presidente da Câmara Municipal de Cascais um dos problemas nesta área tem a ver com a forma como a Refer está a gerir a linha de comboio, uma gestão que cada vez afasta mais gente deste transporte, considerado como um transporte «excelente».
«A verdade é que as pessoas tomam pouco o comboio e cada vez menos, Não admira, enquanto o comboio for gerido como está a ser gerido, Podia dizer que resolvam o problema com a privatização», explicou António Capucho.
O autarca lembrou que enquanto a linha foi gerida por privados as coisas correram bastante melhor e havia mais gente a utilizar este meio de transporte, que coloca os habitantes de Oeiras e Cascais em 25 minutos em Lisboa.
«Hoje, só se consegue meter pessoas no comboio se houver sítio para elas poderem estacionar perto das estações. A política da Refer é exactamente a contrária», acrescentou.
Já o presidente da Câmara Municipal de Oeiras entende que a anunciada Autoridade Metropolitana de Transportes, que segundo o Governo entrará em funcionamento já em 2007, nunca funcionará enquanto for o Executivo a fazer a sua gestão.
«Haverá uma Autoridade Metropolitana de Transportes quando for criada a Região Metropolitana, um governo metropolitano de Lisboa. Aliás, somos o único país que não conseguimos ter uma região metropolitana», explicou Isaltino Morais.
O turismo foi outro dos assuntos tratados neste debate, com o secretário de Estado do Turismo a assinalar que dez por cento do turismo em Portugal está na Linha de Cascais.