Nesta época natalícia aumenta o número de correspondência que passa pelos CTT. Mas a vida de quem trabalha nos correios nem sempre é fácil. Sobretudo, quando as moradas vêm sem os três dígitos finais do código postal.
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A uma semana do Natal começa a complicar-se a vida de quem trabalha nos correios. Os postais de última hora «entopem» a selecção e a distribuição da correspondência. Para agravar a situação, nem toda a gente percebe a importância de escrever a morada correctamente, ou seja, com todos os dígitos do código postal.
Escrever é fácil mas primeiro que uma carta chegue ao seu destino são muitas as etapas que tem de percorrer. Manuel Pires está há 28 anos nos CTT e confessou à TSF alguns dos problemas que enfrenta: antes eram «14 carros que andavam na volta. Agora são menos e o trabalho é mais. Não sei porquê, mas complica-nos a vida».
Mas o que complica ainda mais são os novos 3 dígitos do código postal que raramente são preenchidos.
«As pessoas não sabem que os três novos dígitos servem para não se perder tempo no correio a fazer com que a carta chegue ao carteiro que vai fazer chegar a carta ao seu destino», explica Victor Pereira que trabalha com a máquina que codifica as cartas e faz o reconhecimento do destino.
Mas o carteiro também tem obstáculos a ultrapassar. O facto das caixas de correio estarem no interior dos prédios e de serem muito pequenas pode ser um problema: «estas caixinhas, antigamente, para o correio que era, eram normais. Mas hoje o correio é muito volumoso e é um problema. Se for uma carta grande não entra».
Problemas de quem trabalha todos os dias para que o correio chegue a tempo e horas, o que nem sempre acontece. Os recursos dos correios podem não ser suficientes mas quem envia a correspondência deve, também, fazer um esforço e preencher a morada completa para facilitar a vida de quem trabalha nos CTT.