A Comissão de Moradores de Santa Cruz de Benfica continuam a insistir no seu protesto contra o último troço da CRIL, que será adjudicado esta sexta-feira. Já o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, assinalou as vantagens do troço entre o nó da Buraca e o da Pontinha.
Corpo do artigo
A Comissão de Moradores de Santa Cruz de Benfica voltou a insistir nos seus protestos contra a construção do último troço da CRIL, uma vez que ele não cumpre o que estava previsto no estudo de impacto ambiental.
Ouvido pela TSF, Jorge Alves lembra que a adjudicação do troço que será feita esta sexta-feira não prevê um túnel com três vias em cada sentido, mas de quatro, sendo que grande parte do percurso será feito a céu aberto.
Este membro desta comissão de moradores assegurou que será feito um recurso aos tribunais por causa desta situação para que a lei se possa cumprir.
«Isto está a contrariar aquilo que estava decidido. O que estava projectado para uma zona e que tinha sido fruto de consultas públicas e de todo um processo democrático está a ser contrariado», acrescentou.
Também em declarações à TSF, o ministro das Obras Públicas reconheceu que a solução que foi encontrada para este derradeiro troço da CRIL não foi fácil devido ao local que esta estrada foi construída.
«Obrigou à procura de uma solução que optimizasse as várias soluções e preocupações da câmaras municipais envolvidas. Isto interessa a Lisboa, Odivelas, Loures, Amadora. Temos património da maior importância, como o Aqueduto das Águas Livres», explicou.
Mário Lino falou ainda sobre as vantagens do túnel que irá ser construído na zona de Santa Cruz de Benfica e nas Portas de Benfica, infra-estrutura que minimizará os impactos nas áreas urbanas, quer de ruído, quer visuais.
«O túnel também permite salvaguardar a importância das Portas de Benfica, porque aí a CRIL vai passar em túnel. Foram soluções encontradas para defender o património e as populações», concluiu.
A obra que vai ser adjudicada esta sexta-feira vai custar quase 112 milhões de euros e tem um prazo de execução de 700 dias, devendo assim abrir ao trânsito em 2009.