A polémica jornalista italiana Oriana Fallaci morreu, esta sexta-feira, aos 77 anos. A ex-repórter de guerra que entrevistou grandes personalidades mundiais envolveu-se em grande polémica ao publicar um livro que foi considerado como anti-muçulmano.
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A polémica jornalista italiana Oriana Fallaci faleceu, esta sexta-feira, aos 77 anos, vítima de doença prolongada, pouco dias após ter sido hospitalizada na sua cidade natal, Florença.
A antiga repórter de guerra, que durante a sua carreira entrevistou personalidades tão diversas como Yasser Arafat, Golda Meir, Indira Gandhi ou Deng Xiaoping, notablizou-se pelo lançamento do seu livro «A ira e o orgulho», publicado em 2002.
Neste que foi o livro mais vendido em Itália nesse ano, Fallaci provocou o escândalo ao escrever, ainda sob o choque dos atentados do 11 de Setembro, palavras que foram consideradas como anti-muçulmanas, que chegaram mesmo a resultar em queixas na justiça.
A jornalista e escritora insistiu mais tarde no mesmo tempo no livro «A força e a razão», onde criticou a demissão do Ocidente face ao Islão, palavras que voltaram a dar em polémica.
Numa recente entrevista ao jornal espanhol «El Mundo», a jornalista dizia que o maior inimigo do Ocidente não era bin Laden, mas sim o Corão, um livro que intoxicou os extremistas.
Fallaci, que colaborou com grandes meios de comunicação norte-americanos, franceses e alemães, descrevia-se como «ateia cristã», ou seja, definia-se como não crente, admitindo, no entanto, a sua ligação à identidade cristã da Europa.