Susan Sontag faleceu, esta terça-feira, aos 71 anos. A escritora norte-americana, autora de 17 obras, ficou conhecida por ter sido uma das primeiras a críticar a política norte-americana pós-11 de Setembro.
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A escritora norte-americana Susan Sontag, uma das vozes mais fortes contra as políticas pós-11 de Setembro do seu país, morreu, esta terça-feira, aos 71 anos de idade.
Sontag, que escreveu 17 livros traduzidos em mais de 30 línguas, foi das primeiras a considerar que os ataques perpetrados a 11 de Setembro, não eram um «ataque cobarde», mas sim uma «acção na sequência de alianças e acções específicas dos EUA».
A escritora, que nasceu em Nova Iorque em 1933, notabilizou-se por exemplo através do livro «Notes on Camp», escrito em 1964 e que versou o estudo da estética homossexual.
Em 2003, venceu o prémio da paz na Alemanha, bem como o Prémio Príncipe das Asturias em Espanha, tendo ainda sido agraciada em 2000 com o National Book Award dos EUA pelo romance «Na América».
Susan Sontag tinha ainda ligações conhecidas à Esquerda, bem como ao existencialismo francês, nomeadamente a Roland Barthes, a quem dedicou uma obra, tal como à fotografia, ao ballet e ao cinema, tendo mesmo realizado quatro filmes.