Mota Amaral insiste que o Tratado de Lisboa tem de ser ratificado através de um referendo, uma opinião que contrasta com a do presidente do PSD. O deputado acredita, no entanto, que o conselho vai seguir a opinião de Luís Filipe Menezes.
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O deputado social-democrata Mota Amaral continua a defender da proposta da direcção do PSD em relação à forma de ratificação do Tratado de Lisboa, defendendo o parlamentar que este deve ser aprovado por referendo nos 27 países da União Europeia.
Embora admita que as opiniões se possam dividir, o líder do grupo de elementos afectos ao presidente do PSD no Conselho Nacional acredita que este órgão acabará por seguir a opinião de Menezes, que defende uma ratificação por via parlamentar.
«O que interessa é depois definir uma posição maioritária e acrescento já que não tenho dúvida que o conselho acabado de eleger no seguimento do congresso e das suas directas apoiará a posição do líder do PSD», acrescentou.
Para além de Mota Amaral, também Castro Almeida, que lidera um grupo de 16 elementos do Conselho Nacional do PSD, também discorda da opinião defendida por Luís Filipe Menezes.
Por seu lado, Pedro Duarte, que está à frente de um grupo de nove elementos deste conselho, vai reunir ainda esta terça-feira para tomar uma decisão definitiva sobre esta questão.
A forma da ratificação deste tratado será um dos assuntos que será discutido esta terça-feira à noite na primeira reunião do Conselho Nacional do PSD desde a eleição de Luís Filipe Menezes a 28 de Setembro.
A proposta de Menezes a favor de uma ratificação do tratado por via parlamentar surgiu quatro meses depois de o Conselho Nacional do partido ter aprovado em Junho, por unanimidade, uma moção do então presidente Marques Mendes que defendia a ratificação por referendo.
A discussão do sentido de voto do partido em relação ao Orçamento de Estado para 2008 ser outro dos assuntos abordados nesta reunião do órgão máximo do PSD entre congressos.