Nuno Melo diz que não se demite, mas a direcção do CDS-PP insiste que a única solução para a crise interna do partido é a demissão do líder da bancada parlamentar. A polémica estalou depois de Nuno Melo ter pedido o regresso de Paulo Portas.
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Mota Campos disse à TSF que Nuno Melo «não tem condições institucionais para continuar à frente do CDS na assembleia da república».
«O único desenlace para esta crise, que é lamentável mas foi ele próprio que a abriu, é aquele que se investiu como líder da oposição interna do partido, assumir essa qualidade e deixar a direcção do partido da qual faz parte como líder do grupo parlamentar», afirma o membro da comissão executiva do CDS-PP.
«Não é possível que alguém que se investe a si próprio como chefe de fila da oposição interna do partido, queira também pertencer à direcção do partido. Isso só pode resultar na sua demissão», diz Mota Campos.
Nuno Melo insiste que não se demite, sobretudo depois do grupo parlamentar ter manifestado, em comunicado, confiança politica no líder da bancada. Mas Mota Campos insiste que a demissão é a única saída.
«A confiança política de que [Nuno Melo] precisa não é do grupo parlamentar, mas sim da direcção do partido ao qual pertence», sublinha.
«Pensar que a camaradagem do grupo parlamentar legitima a sua permanência no cargo, é errado, porque a comissão política, por 31 votos contra dois, exprimiu uma censura séria ao comportamento de Nuno Melo. Por isso, ele vai mesmo ter de sair», conclui Mota Campos.