Os motoristas que transportavam o lixo para o aterro de Mato da Cruz não descarregaram a sua carga por causa da greve que está a decorrer na Valorsul. Isto aconteceu depois de a polícia ter afastado o piquete de greve da entrada do aterro.
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Os motoristas que transportavam o lixo recolhido em Lisboa e noutros concelhos limítrofes da capital recusaram-se a descarregar a sua carga no aterro do mato da Cruz, em virtude da greve na Valorsul, que se prolonga há seis dias.
Em declarações à TSF, o sindicalista Delfim Mendes explicou que os motoristas se negaram a descarregar os seus camiões após a polícia ter afastado o piquete de greve da entrada do aterro.
Este sindicalista adiantou ainda que a polícia «carregou sobre os membros do piquete de greve afastando-os do local, impedindo os seus membros de desempenhar cabalmente o seu trabalho que lhes está permitido por lei».
O sindicato que representa os trabalhadores da Valorsul vai enviar, esta segunda-feira, uma delegação ao Ministério da Administração Interna com o objectivo de retirar a polícia dos locais onde está a decorrer este greve.
«Estão a cometer uma brutal ilegalidade impedindo que o piquete de greve cumpram o seu papel», concluiu Delfim Mendes, que disse ainda que vão ser denunciadas descargas de lixo que os sindicalistas consideram ser ilegais.
Os trabalhadores da Valorsul, em greve há seis dias, exigem aumentos salariais de 3,7 por cento, não se contentando com os 3,3 por cento propostos pela administração da empresa.
Estes trabalhadores estão ainda contra a redução dos tempos de descanso entre turnos, que a administração pretende que passem de doze para oito horas.