O dirigente do Bloco de Esquerda Fernando Rosas afirmou esta quinta-feira, no Funchal, que «não existe na Madeira democracia autêntica e a funcionar plenamente».
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No comício de encerramento da campanha do BE-M às eleições legislativas regionais, Fernando Rosas criticou a forma como decorreu a campanha, apontando que foi marcada pelos «insultos e ameaças a todos os elementos da oposição» por parte do líder madeirense do PSD-M, Alberto João Jardim.
Rosas falou também da «total e vergonhosa promiscuidade do PSD com o próprio Estado» por causa da realização de inaugurações de infra-estruturas, por vezes por concluir, onde apareceram bandeiras do partido da maioria.
Considerou essas inaugurações como «verdadeiros comícios políticos».
O dirigente do Bloco de Esquerda denunciou também um clima de «ameaça e chantagem permanente contra os jornalistas (que trabalham na Madeira), com ameaças de sanções e despedimentos», sustentando que «a liberdade de informação está gravemente ameaçada» na região.
O caso da detenção do presidente da câmara municipal da Ponta do Sol por alegado envolvimento num caso de corrupção não foi esquecido por Fernando Rosas.
O dirigente bloquista salientou que este processo resultou no afastamento do director da Polícia Judiciária do Funchal, na sequência de ameaças de Jardim no decorrer da campanha.
Fernando Rosas disse que tal aconteceu porque «o poder político (madeirense) interfere na área do poder judicial».