O líder do PS da Madeira entende que a não realização de uma sessão solene no parlamento da região durante a visita de Cavaco Silva é uma «ofensa pessoal ao Presidente da República». À TSF, João Carlos Gouveia disse ainda que o tom de Alberto João Jardim já não surpreende o PS madeirense.
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A não realização de uma sessão solene no parlamento madeirense na visita de Cavaco Silva à região, que começa na segunda-feira, é uma «ofensa pessoal ao Presidente da República».
A opinião é do presidente do PS madeirense que à TSF, lembrou que essa decisão, «tornada pública» pelo presidente do Governo Regional, é da exclusiva competência do presente da Assembleia Legislativa da Madeira.
«Os deputados do PSD não têm voz própria e dependem do livre arbítrio do dr. Alberto João Jardim e, neste sentido, Alberto João Jardim quis de uma forma clara dizer que o professor Cavaco Silva não merece ser recebido na Assembleia Legislativa da Madeira», explicou João Carlos Gouveia.
O líder do PS madeirense adiantou ainda que o tom usado por Alberto João Jardim, que classificou de «violência verbal», já não o surpreende.
«Se os madeirenses, que combatem este regime, ficassem ofendidos sistematicamente com as palavras de Jardim estaríamos todos os dias em casa», recordou.
João Carlos Gouveia notou ainda que os deputados socialistas não ficam indiferentes a estas palavras, mas ctambém não ficam medo ou receio destas.
Sobre o que vai dizer quando se encontrar com Cavaco Silva, encontro à margem do programa oficial, o líder do PS madeirense não quis adiantar muito.
«Espero que haja um reforço da unidade de todo o país e dos madeirenses, em particular, em torno daquele que é o representante de todos os portugueses», frisou.
João Carlos Gouveia expressou ainda a «alegria dos socialistas madeirenses dos não socialistas» por esta visita que começa na segunda-feira e se prolonga até dia 20 de Abril.
O líder dos socialistas madeirenses reagia a palavras de Alberto João Jardim que afirmou concordar com a não realização desta sessão no parlamento regional, pois «não apresenta aquela gente a ninguém».
Jardim referia-se ao «bando de loucos» do parlamento, em particular, o «fascista do PND, o padre Edgar», um dos deputados comunistas desse parlamento e «aqueles tipos do PS».
«Era uma péssima imagem da Madeira e iria ter reprecussões negativas no turismo e na própria qualidade do ambiente», afirmou Jardim no sábado em Palma de Maiorca.