António Oliveira considera que Portugal não pode subestimar nenhuma das equipas adversárias no Mundial de 2002. Em entrevista ao site da UEFA, o técnico fala das suas expectativas para o desempenho da selecção no Campeonato do Mundo.
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António Oliveira rejeita qualquer favoritismo da selecção portuguesa no Mundial de Futebol de 2002, a realizar na Coreia do Sul e Japão. O seleccionador português avisa que é preciso «manter a calma», apesar de considerar que a equipa das «quinas» tem condições para defrontar qualquer selecção.
«Há muitas pessoas que consideram Portugal como um dos favoritos. Mas a história e tradição portuguesas dizem-nos que temos de ter cautela. Sabemos o que valemos e o que podemos fazer. Não receamos nenhuma equipa e vamos tentar fazer o melhor possível», afirmou o seleccionador português, que confessou que espera passar a primeira fase do Mundial.
«A seis meses do início da competição, é difícil estabelecer metas, mas o nosso primeiro objectivo é ultrapassar a primeira fase», disse, acrescentando que as capacidades dos adversários no Grupo D não serão desprezadas.
«Vemos todas as equipas como rivais, a começar pelas que estão no nosso grupo. Aí, o destaque é para a Coreia do Sul, que joga em casa, e isso é um factor muito importante. Vamos estar atentos a isso e não vamos subestimar nenhum adversário».
Quanto à actual forma da selecção portuguesa, António Oliveira diz que o «segredo» do sucesso é a «amizade».
«É um prazer trabalhar com estes jogadores, que são 100 por cento profissionais, com grande espírito de sacrifício. Este é um dos nossos segredos, a união e a amizade que existe entre todos os jogadores da selecção», referiu.
A concluir, Oliveira frisou que Portugal não é «obrigado» a ganhar o Mundial, e que esta não será a última ocasião para esta geração de jogadores vencer uma prova internacional.
«Isso é uma falsa teoria. Costumo dizer que para todos os jogadores portugueses, esta é a primeira ocasião de se imporem num Campeonato do Mundo. Se tudo correr bem, outras ocasiões surgirão».