O investigador Mário de Sousa diz ser o único que, em Portugal, tem capacidade para clonar um ser humano mas garante que não defenderá esta prática quando os nascimentos sem deformações superarem a média natural.
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Apesar de se considerar capaz de clonar um ser humano, o investigador Mário de Sousa garante que não irá defender esta técnica enquanto os nascimentos com deformações superarem a média natural - um em cada 3 mil.
O investigador e especialista em medicina de reprodução desmistificou o «fantasma» da clonagem, classificando-o como um método que «não deve ser proibido».
Apresenta, no entanto, algumas reservas, tendo já recusado alguns pedidos de portugueses que o abordam no sentido de ter um clone (um filho nascido a partir de uma célula adulta do «candidato» a pai).
A autorização para a clonagem. por seu lado, deve existir «quando se controlarem todos os mecanismos moleculares, de modo a que a proporção de recém-nascidos com anomalias em relação aos normais seja igual à da natureza».
A clonagem não é um mistério para este investigador que, durante dois anos, no âmbito do seu trabalho no Hospital Americano de Paris, colaborou na técnica de microinjecção para obter clones de vacas geneticamente importantes.