A retracção no consumo e o baixo nível de confiança dos consumidores está a afectar o comércio na época natalícia. Os empresários estimam quebras entre os 30 e 40 por cento em relação a igual período de 2001.
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As associações representantes do sector do comércio convergem na ideia de que o período é de crise: com o nível de confiança em baixa, os consumidores não pensam em fazer compras.
Em declarações à Lusa, o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), Vasco da Gama, explicou que compreende a prudência dos consumidores, mas deixou um apelo para que «as pessoas não se deixem tomar por um espírito tão negativo».
A verdade é que são os próprios empresários que se mostram pessimistas. Segundo a presidente da União das Associações do Comércio e Serviços de Lisboa, Carla Salsinha, a quebra das vendas, este Natal, deverá ser de 30 a 40 por cento, em relação a igual período de 2001.
No Porto, porém, a esperança de recuperar as vendas no Natal ainda se mantém. A presidente da Associação de Comerciantes do Porto, Laura Rodrigues, revelou à Lusa que «apesar da crise geral, se o o tempo ajudar podemos vir a recuperar as perdas que estamos a ter».
Os comerciantes do Porto, afectados nas últimas épocas de Natal pelas obras, em virtude da cidade ter sido a capital da Cultura em 2001, esperam este ano «vender mais», sublinhou Laura Rodrigues.