O vereador Fernando Negrão entende que o orçamento proposto para a câmara de Lisboa promove cortes sem critério que podem ter consequências para os funcionários da autarquia. Já José Sá Fernandes diz que este orçamento é realista.
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O vereador Fernando Negrão considerou que o orçamento proposto pelo presidente da autarquia de Lisboa promove um saneamento financeiro sem critério que poderá ter consequências nefastas.
Ouvido pela TSF, o vereador social-democrata entende que os cortes previstos no documento a apresentar esta terça-feira poderão afectar sobretudo os trabalhadores da autarquia.
«Este orçamento reflecte uma política de grande dureza para o interior da câmara municipal, uma vez que implica um saneamento muito profundo. Este saneamento tem de ser feito com critérios que sejam conhecidos de toda a vereação da câmara», explicou.
Para este autarca, «não podemos desmotivar os funcionários para fazer as reformas que o PS pretende e diz que vai fazer para a cidade de Lisboa», reformas que Fernando Negrão entende serem semelhantes às feitas na Administração Pública.
Este vereador prevê ainda consequências negativas caso o «PS continue a teimar numa política de não informação sobre os critérios que efectivamente quer implementar para políticas de recursos humanos».
Por seu lado, o vereador José Sá Fernandes considera que este orçamento reflecte o acordo feito com o presidente da câmara «na reestruturação das empresas municipais, na resolução do problema dos trabalhadores avençados» e no «relançar do Plano Verde».
«É um orçamento que tem como pedra de toque o saneamento financeiro obrigatório. Durante anos vivemos com orçamentos virtuais de 800 milhões de euros e de uma vez por todas se faz um orçamento realista. Temos 500 milhões de receitas e portanto as despesas têm de conviver com as receitas», concliuiu.