O neto de Humberto Delgado contesta a versão oficial de que o seu avô foi morto com um tiro em Villanueva del Fresno, a 13 de Fevereiro de 1965. A contestação é feita numa biografia feito por Frederico Delgado Rosa, lançada no dia em que passam 50 anos sobre o início da campanha eleitoral do seu avô.
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O neto de Humberto Delgado contesta a versão oficial que defende que o seu avô foi morto a tiro em Villanueva de Fresno, a 13 de Fevereiro de 1965, uma mentira que diz ter sido inventada pela justiça militar portuguesa.
No dia em que passam 50 anos do início da sua campanha eleitoral que o havia de levar à derrota programada pelo regime de Salazar, Frederico Delgado Rosa lança uma biografia do "General Sem Medo" onde diz que a mentira teve um objectivo.
Em declarações à TSF, o neto de Humberto Delgado foi mesmo mais longe ao dizer que lançava uma «acusação formal aos juízes do Tribunal de Santa Clara» do pós-25 de Abril.
Em causa está a tese oficial deste tribunal que chegou à conclusão que Humberto Delgado foi morto apenas com um tiro por Casimiro Monteiro.
«Essa tese permitiu ilibar os restantes elementos da Brigada e, no fundo, ilibar a própria PIDE e o regime de Salazar», acrescentou.
Humberto Delgado notabilizou-se, durante esta campanha, pela frase «obviamente, demito-o» dita em resposta a uma pergunta de um jornalista da AFP, que lhe perguntou o que faria com Salazar caso fosse eleito.