A nova administração do Metropolitano de Lisboa está disponível para negociar com os trabalhadores, mas apenas se estes acabarem com os protestos. O sindicalista Diamantino Lopes diz que até agora a nova gerência ainda não falou com os trabalhadores.
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O novo presidente do Conselho de Gerência do Metropolitano de Lisboa declarou-se disponível a negociar o Acordo de Empresa com os trabalhadores, mas apenas se estes prescindirem das greves e dos protestos.
«Não nos parece correcto negociar seja com quem for durante o pré-aviso de greve. Não se entende porque se mantém o pré-aviso de greve quando há empenho de ambas as partes em, supostamente, negociar o Acordo de Empresa», afirmou Joaquim Reis à TSF.
Reagindo a esta disponibilidade para negociar por parte da administração da empresa, o sindicalista Diamantino Lopes mostrou-se surpreso por a nova gerência do Metropolitano de Lisboa nada ter feito até agora nesse sentido.
«Houve muito tempo para se poder resolver o assunto, inclusivamente se o novo Conselho de Gerência entrou na sexta-feira, a verdade é que podia podia ter falado com os sindicatos e convocado uma reunião de emergência», acrescentou.
O dirigente da FESTRU afirmou ainda que se isso tivesse acontecido os sindicatos analisariam a proposta da administração e teriam decidido se haveria razões para suspender as greves.
«A verdade é que ninguém disse nada a ninguém e só sabemos que existe um novo Conselho de Gerência unica e exclusivamente pela comunicação social», disse.
Quanto aos números da greve desta terça-feira, este sindicalista confirmou que a adesão foi total, com a manutenção de via, durante a noite, a parar completamente, o mesmo acontecendo com os comboios e as estações, já de dia.
«Todos os trabalhadores aderiram à greve, o que quer dizer que todos os comboios estão parados e as estações todas encerradas. A área oficinal também parou na plenitude», concluiu.