O Lewis Pope Life Center é o novo complexo da Universidade de Miami, EUA, e uma referência na investigação de doenças neurológicas que, através do «Projecto Miami», pesquisa curas para a paralisia motora, Alzheimer e Parkinson.
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Inaugurado no inicio deste mês, nos Estados Unidos da América, o Lewis Pope Life Center é o novo complexo da Universidade de Miami e uma referência na investigação internacional de doenças neurológicas.
Segundo os investigadores este centro, que custou quase nove milhões de contos, é o avanço que faltava, há muito, na comunidade cientifica norte-americana.
Naomi Claytman, uma das 125 cientistas norte-americanas que tentam encontrar as respostas para a cura da paralisia motora, lembra o sonho de um médico neurologista que acabou por se espalhar a toda a comunidade cientifica.
«Quando o dr. Bert Green fundou o ''Projecto Miami'', em 1985, todos disseram que era louco. Agora toda a gente concorda que estes tratamentos vão ser proveitosos. Há uma nova esperança para a cura e até já há melhorias no modo como as pessoas estão a ser tratadas».
Há duas semanas que os cientistas do «Projecto Miami» conseguiram o espaço físico suficiente para continuar com as investigações para a cura da paralisia e para outras doenças neurológicas como a doença de Alzheimer e a de Parkinson.
Optimismo
Nesta altura o optimismo é grande: primeiro em relação ao tratamento e depois em relação à cura destas doenças: «Fizémos vários estudos sobre as células cerebrais antes mesmo de sabermos que o cérebro é capaz de aceitar células novas. Depois, trabalhámos numa célula que podia ser transplantada. Os dados que recolhemos mostram que o cérebro é muito inteligente. Pode aceitar uma célula nova, ensiná-la a ser o tipo certo de célula e depois recuperar da lesão», explica Naomi Claytman.
As esperanças vão também para os doentes com paralisia. A investigadora dá o exemplo do actor que interpretou a figura do «Super-Homem», Christopher Reev, que há duas semanas não perdeu a inauguração deste novo centro.
«Acho que a ideia de que existe uma cura para o Christopher Reev não é realista mas por outro lado Christopher quer livrar-se do ventilador, quer melhorar o movimento das mãos e só em último lugar andar», acrescentou Naomi Claytman.
«Uma coisa de cada vez. Mas há decididamente razões para acreditar que a situação dele vai melhorar por causa destas investigações. Isso é uma verdade para toda a gente», concluiu, num optimismo cauteloso que mesmo assim leva a previsões na cura de doenças onde até agora a esperança não passava disso mesmo.