Cientistas da Universidade de San Diego, na Califórnia, descobriram que certos fármacos anti-inflamatórios podem ter efeitos positivos no desenvolvimento do Alzheimer.
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Investigadores norte-americanos chamaram a atenção para um novo mecanismo, baseado em células humanas e de ratos, através do qual certos medicamentos anti-inflamatórios podem reduzir o risco de desenvolver a doença de Alzheimer.
O estudo, publicado na revista britânica «Nature» com a data de quinta-feira, sugere que certos medcamentos de família, ditos anti-inflamatórios, têm um impacto directo na formação anormal de depósitos de uma proteína no cérebro (AB42), característica do Alzheimer.
Os resultados obtidos oferecem uma forma de desenvolver esses medcamentos contra os tais depósitos anormais, mas sem efeitos secumdários dos tratamentos anti-inflamatórios (sangramentos gastro-intestinais, problemas renais), disseram os investigadores.
Os testes dos cientistas da Universidade da Califórnia, em San Diego, mostram que o nível da proteína em causa diminui em cerca de 80 por cento, com a acção do ibuprofene, indometacina e sulindac, mais do que com qualquer outros anti-inflamatórios.
No entanto, tal não significa, explicou um dos investigadores, que os médicos devem receitar estes três medicamentos aos pacientes com Alzheimer.
«As doses necessárias para inibir a produção da proteína AB42 são muito elevadas», disse Edward Koo, que explicou uqe, por exemplo, seriam necessários seis comprimidos de ibuprofene em dose adulta (200 mg).