Um funcionário da Casa Pia foi suspenso, no início desta semana, por fortes indícios de envolvimento em abusos sexuais de alunos menores da instituição. Segundo a edição online do semanário Sol, um dos menores já prestou declarações e formalizou queixa no Ministério Público.
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Há novas suspeitas de abusos sexuais envolvendo alunos menores de idade da Casa Pia. A informação foi avançada, esta quarta-feira à tarde, pela edição online do semanário Sol.
Segundo o jornal, um funcionário da instituição foi suspenso na segunda-feira, sendo que que recaem sobre ele fortes indícios de envolvimento em abusos sexuais.
O educador trabalha no lar Cruz Filipe e, segundo alguns jovens, este funcionário transportava alunos a casas particulares, em Lisboa, onde alegadamente decorrem os abusos.
Os alunos acusam o funcionário de servir de intermediário, bem como de praticar abusos sexuais.
O jornal adianta que um dos alunos já prestou declarações e formalizou queixa no Ministério Público.
O inquérito está a ser coordenado pelo procurador João Guerra, o mesmo que liderou as investigações aos alegados abusos sexuais na Casa Pia entre 2002 e 2003.
A decisão de suspender o educador foi tomada pela direcção da instituição que, por norma, suspende os funcionários a partir do momento que existam fortes indícios da prática de abusos e sevícias sobre os alunos.
O semanário diz ainda que o caso é recente e não constava da denúncia feita em Maio pela antiga provedora, Catalina Pestana, antes desta abandonar o cargo.
Entretanto, contactado pela TSF, o gabinete da presidente do conselho directivo da Casa Pia, Joaquina Madeira , escusou-se a fazer qualquer comentário sobre esta matéria.
Já Pedro Namora, antigo aluno da Casa Pia e autor de várias denúncias sobre abusos sexuais na instituição, disse à TSF estar «preocupado» com esta notícia, sublinhando, no entanto, não estar surpreendido.