O autarca de Mourão acredita que a face do concelho que dirige pode ainda mudar com os projectos associados ao Alqueva. Santinha Lopes mantém a esperança, muito embora ainda haja poucos projectos concretizados.
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O concelho de Mourão foi o mais afectado pela construção do grande lago do Alqueva, que deixou um terço do concelho submerso.
Depois de anos de expectativa, ouvem-se queixas de falta de
emprego, num concelho onde a fábrica da Portucel fechou e a aldeia da Luz foi deslocalizada.
Cinco anos depois, para além da paisagem soberba, com água por todo o lado, há projectos mas ainda poucas realizações, lembrou o autarca local.
Ouvido pela TSF, Santinha Lopes tem esperança que as coisas melhorem com os projectos associados ao Alqueva, uma vez que «Mourão sem o Alqueva continuaria a ser o Mourão que era, com população envelhecida».
«É certo que temos ainda a população envelhecida, é certo que ainda não é possível que muitos jovens se querem fixar o façam, mas também é certo que foram anunciados dois projectos de interesse turístico para Mourão que cria 270 postos de trabalho directos», explicou.
O número de turistas ao fim-de-semana aumentou, mas pouco mais. A população continua envelhecida e à espera dos projectos já anunciadas, muitos também na área agrícola, nomeadamente na plantação de novos olivais.
«Temos de ter um pensamento positivo e dizer, porque isto é um desafio a todos os alentejanos, que quem quer investir que invista e se não quiserem investir deixem vir quem quer insistir», concluiu Santinha Lopes.
Com este pensamento em mente, o autarca não se sente muito preocupado com o facto de haver muitos espanhóis interessados em investir na região.