Michael West, director do Advanced Cell Technology, empresa americana que assina a primeira clonagem de um embrião humano, sublinha que o objectivo da utilização desta «técnica controversa» não é criar seres humanos mas «estabelecer terapias que salvem vidas».
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Uma empresa norte-americana disse hoje (domingo) que clonou um embrião humano, não para criar um outro ser humano, mas sim para criar células estaminais, com o objectivo de tratar doenças.
Em entrevista à cadeia de televisão norte-americana CBS, Michael West, director do Advanced Cell Technology, autora da clonagem, disse que «criar células e tecidos de substituição de toda a espécie é o objectivo da medicina».
«Demos o primeiro passo usando uma técnica controversa, mas com futuro: a clonagem», explicou, justificando aquela que foi a primeira acção deste género com sucesso, na história da ciência.
«O nosso objectivo não é criar seres humanos mas sim estabelecer terapias que salvem vidas a uma grande fatia da população, que sofra de diabetes, cancro, sida e doenças neurodegenerativas».
O Congresso norte-americano opôs-se legalmente a todo o tipo de clonagem humana. Um nova lei proposta está sob apreciação do Senado, onde os legisladores mostraram ter ficado em estado de alarme.
Os resultados da experiência já foram publicados no jornal «Regenarative Medicine».