Uma greve geral não pode limitar-se a leituras particulares. Há um serviço mínimo que todos temos que prestar, uns aos outros, nestes dias de exposição máxima.
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E a primeira obrigação, tanto do governo como dos sindicatos, é respeitar a inteligência dos cidadãos. Há regras para o confronto e as partes devem assumir que uma greve serve sobretudo para tirar dúvidas. Para dividir claramente quem está contra ou a favor, seja do que for.
Fazer greve por falta de transporte não é o mesmo que faltar ao trabalho para transportar um protesto. Os fins ficam-se pelos meios quando falta clareza e sobram desculpas.
É preciso que no confronto de amanhã o governo mostre que não tem medo dos números e que os sindicatos não precisam de
transformar os trabalhadores dos transportes em piquetes de greve.
Ainda ontem o prof. Marcelo revelou que antes de entrar na TVI para o seu exame semanal foi pressionado pelos seus alunos da Faculdade de Direito a adiar um exame marcado precisamente para amanhã.
Dilema difícil, sem dúvida para o prof. Marcelo que já anunciou não fazer a greve. Mas o teste está feito e resta agora aguardar a avaliação do professor no próximo domingo.
Palavras Cruzadas
Crónica diária, de segunda a sexta, às 10h30m