No dia em que o Banco de Portugal revela a conclusão de um inquérito aos bancos sobre o mercado do crédito, o Observatório do Endividamento diz que a situação do endividamento das famílias vai depender da evolução das taxas de juro e do desemprego.
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Em declarações à TSF, Catarina Frade, do Observatório do Endivadamento, disse esta sexta-feira que a o problema do endividamento das famílias vai depender da evolução das taxas de juro e dos resultados positivos no combate ao desemprego.
«No que diz respeito à situação real das famílias, a situação vai depender da 'performance' do mercado de trabalho e, por outro lado, da taxa de esforço que cada agregado familiar tem e da sua capacidade de absorver, ou não, esses impactos, sobretudo os provocados pelo aumento da taxa de juro», afirmou.
No entender da responsável, «as famílias com taxas de esforço muito elevadas irão correr maior risco perante as sucessivas subidas da taxas de juro, pelo que o número de casos de sobreendividamente poderá aumentar».
No entanto, sublinhou, «não é apenas na redução do consumo que se espera a sustentabilidade, mas também na melhoria do rendimento dos agregados familiares».
O aviso do Observatório do Endividamento surge no dia em que o Banco de Portugal revela os dados do inquérito aos bancos sobre o mercado do crédito.